De autoria do meu irmão Miguel Vidigal, o texto abaixo apresenta bem o que pensar a respeito do pronunciamento da Presidente da República do Brasil no dia 21 de junho de 2013:
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O pronunciamento da presidente da República trouxe mais angústias do que esperanças.
Foi curioso ver uma ex-terrorista dizendo que não vai permitir atos de
vandalismo. Não porque não acredite que uma pessoa possa se arrepender
de seus atos passados, mas pelo simples fato de que ela sempre que pode
diz ter orgulho de tudo o que fez, incluindo assalto a bancos,
participação em sequestros e pilhagem...
As cenas mais marcantes para mim do pronunciamento são os vídeos
postados no youtube em diversos lugares do Brasil em que as pessoas, no
momento em que a Presidente falava, de diferentes prédios começam a
gritar e protestar com palavras de repúdio ao governo.
Faltou
humildade para a Sra. Presidente em assumir seus erros e oferecer
soluções sérias e ponderadas. Foi um discurso vazio de alguém que parece
ver próximo o seu ocaso.
Ela perdeu completamente o tempo e a hora
de se manifestar. Não é possível entender um chefe de governo que leva
15 dias para pronunciar-se a respeito de um tema que tem interrompido
todas as estruturas do país e causado revolta por todo lado.
Causa
arrepio lembrar que ela prometeu convocar lideranças das manifestações
para estudar e analisar os problemas do país, criando espécie de
conselhos. Com isso ela quer fazer crer que vai trabalhar junto da
população.
Eu me pergunto, que lideranças? Os jovens do MPL, que
mostraram ser completamente antidemocráticos ao retirarem-se das
manifestações por não serem capazes de protestar junto com aqueles que
eles acreditam ser “a direita”? Esses jovens que só querem uma
democracia esquerdista e sem o contraditório?
Ou alguém acredita que
a presidente vai sair à caça no meio das ruas para ver quem tem vez e
voz e convocá-lo? Claro que não, ela vai fazer como o Sr. Prefeito de
São Paulo que anunciou um “Conselho da Cidade” composto por pessoas que
pensam quase igual a ele em todos os pontos.
Por outro lado, como é
que a Presidente vai financiar essas reuniões todas, como ela vai
chamar, sem que haja previsão constitucional alguma, um grupo de pessoas
para tomar decisões para o país sem que elas tenham qualquer tipo de
representatividade popular via voto?
Mais adiante, a Sra.
Presidente afirma que lhe faltou apoio político e que aspectos
econômicos a impediram melhorar “ainda mais” o país.
Em que mundo
ela vive? Que tipo de apoio político ela quer além do que ela tem? Até
partidos que historicamente lhe eram opostos debandaram para sua base de
apoio, nunca nenhum governante de nosso país teve tanto apoio político
quanto o que o PT foi amealhando ao longo desses 10 anos de poder.
O
pacto de mobilidade urbana proposto é, como se sabe, utópico e discurso
populista. Ela prometeu isso pronto para a Copa, não estamos nem perto
de ver como isso funcionaria.
A solução para a medicina é
inconsequente e vai ajudar países estrangeiros. O povo quer investimento
na saúde e não investimento nos estrangeiros! Vale ressaltar que a Sra.
Presidente cometeu um ato falho ao não especificar que ela quer
sobretudo médicos cubanos e usou a palavra estrangeiro para não criar
maiores celeumas com o seu confuso discurso.
Aliás, em matéria de
ajuda a países estrangeiros estamos bem colocados... se lhe falta, como
afirmou, condições econômicas para solucionar os problemas internos do
nosso Brasil, qual o motivo dela enviar tanta ajuda a países socialistas
como Venezuela, Cuba, Bolívia, Haiti, etc, etc, etc?
Quanto aos
royalties do petróleo, a Sra. Presidente não poderia ser mais populista e
falsa. Não é preciso ser um gênio da economia ou da política para saber
que nunca essa verba será destinada à educação, seja pela completa
impossibilidade, seja pela total falta de apoio político para tanto,
inclusive no próprio partido dela!
Visualizar as dificuldades do
país e enfrentar as perplexidades e apreensões que o povo tem,
oferecendo ao público sugestões viáveis é obrigação de todo e qualquer
governante. Paralelamente todo bom brasileiro deve cumprir com seu
papel, sugerindo, sempre que lhe for possível e de forma civilizada,
formas e soluções, ainda que completamente opostas às do governo.
Ambas atitudes, se existentes, devem ser recebidas reciprocamente de
forma democrática e analisadas à luz das necessidades do país.
Mas
de um lado temos um povo que não sabe o que quer, indo às ruas em clima
de festa e limitando-se a gritar chavões criados por líderes ocultos; e
de outro governantes e políticos que não são capazes de vislumbrar uma
proposta plausível, cegos que estão no meio de diversos escândalos de
corrupção e falcatruas.
Para onde ir? O que pensar? Um futuro, que
eu espero bem próximo, nos dirá, mas no que depender da Sra. Presidente,
estejamos certos, ele não será para daqui a pouco, a menos que ela
declare estado de sítio e comece a fazer tudo da forma como seus maiores
inspiradores fizeram nos países comunistas.
Mas aí, acredito que o
povo “direitista”, aquele que o MPL não quer se misturar, não vai deixar
e estaremos em uma bela enrascada.
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